Mila Kunis Relembra Preparação Intensa para “Cisne Negro”: “Muito Balé e Pouca Comida”
A atriz Mila Kunis entregou uma das performances mais memoráveis de sua carreira como a bailarina Lily no aclamado thriller psicológico “Cisne Negro” (2010). O papel não apenas lhe rendeu aclamação da crítica e prêmios, mas também exigiu um nível de sacrifício físico e mental que a atriz relembra até hoje como um dos períodos mais intensos de sua vida. Em uma entrevista recente, Kunis detalhou a rotina brutal de “muito balé e pouca comida” que a transformou fisicamente para o papel.
A preparação para “Cisne Negro” é um exemplo notório em Hollywood do que os atores são capazes de fazer para alcançar a autenticidade em seus papéis. A jornada de Kunis para se tornar uma bailarina profissional convincente foi marcada por uma disciplina rigorosa, dor constante e uma dieta extremamente restritiva, um processo que ela descreve como desafiador e, em retrospecto, perigoso.

A Transformação Física: Uma Rotina de Treinamento Exaustiva
Para interpretar Lily, a rival e alter ego da personagem de Natalie Portman, Mila Kunis precisava parecer uma bailarina profissional. Isso significava não apenas aprender a dançar, mas também adquirir o físico esguio e musculoso característico da profissão. A atriz, que não tinha experiência prévia com balé, mergulhou em uma rotina de treinamento que durou meses.
“Eu treinei por quatro horas por dia, sete dias por semana”, relembrou Kunis. “Era um treinamento intenso de balé. Eu tinha um dia de folga no meu aniversário, mas foi só. Eu perdi muito peso, rasguei ligamentos, desloquei o ombro… Tenho duas cicatrizes nas costas por causa disso. Foi um processo brutal”.
Essa dedicação total ao treinamento físico era essencial para que as cenas de dança parecessem autênticas. O diretor Darren Aronofsky é conhecido por exigir o máximo de seus atores, e em “Cisne Negro”, ele queria que a câmera capturasse a dor e o esforço reais da dança, algo que só seria possível com uma preparação tão rigorosa.

A Dieta Restritiva e os Riscos à Saúde
Além do treinamento físico, a transformação de Mila Kunis envolveu uma dieta extremamente restritiva para atingir o peso que ela e o diretor consideravam necessário para o papel. A atriz revelou que sua alimentação era baseada em um consumo calórico perigosamente baixo, o que a fez perder cerca de 9 quilos em um curto período.
“Eu não me matei de fome. Eu comia, mas comia muito pouco”, explicou ela. “Foi uma dieta muito controlada, focada em me deixar o mais magra possível. Olhando para trás, eu pensava: ‘Meu Deus, eu era tão magra'”.
O processo de perda de peso foi tão extremo que, após o término das filmagens, seu corpo teve dificuldade para voltar ao normal. A atriz comentou como foi chocante ver seu corpo mudar tão drasticamente e como a recuperação foi um processo lento. Essa experiência destaca os perigos que os atores enfrentam ao se submeterem a transformações físicas tão radicais por um papel, um debate que continua relevante em Hollywood até hoje.
O Impacto na Carreira e o Reconhecimento
Apesar dos sacrifícios, o papel em “Cisne Negro” foi um divisor de águas na carreira de Mila Kunis. Até então, ela era mais conhecida por seus papéis em comédias, como na série “That ’70s Show” e no filme “Ressaca de Amor”. Sua performance como Lily mostrou uma nova faceta de seu talento, provando sua capacidade de atuar em dramas complexos e psicologicamente intensos.
Sua interpretação lhe rendeu o Prêmio Marcello Mastroianni de Melhor Atriz Jovem no Festival de Veneza e indicações ao Globo de Ouro e ao Screen Actors Guild Award. O filme solidificou seu status como uma das atrizes mais versáteis de sua geração.
A história por trás da preparação de Kunis para “Cisne Negro” serve como um lembrete poderoso da dedicação e da arte envolvidas na criação de uma performance inesquecível. Foi um processo de dor e sacrifício que resultou em um dos trabalhos mais aclamados de sua carreira, um testemunho de seu compromisso em dar vida à sua personagem da forma mais autêntica possível.
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