Frankenstein de Guillermo del Toro: Primeiras Reações Apontam Obra-Prima Gótica e Atuações de Oscar
O silêncio em torno de Frankenstein de Guillermo del Toro foi quebrado, e as primeiras ondas de choque estão reverberando pela comunidade cinematográfica. Após uma exibição-teste secreta, as primeiras reações ao projeto mais apaixonado do diretor mexicano começaram a surgir, e elas são nada menos que espetaculares. Descrito como uma obra-prima visualmente deslumbrante, emocionalmente devastadora e fiel ao espírito trágico do romance de Mary Shelley, o filme já está sendo cotado como um forte candidato ao Oscar, especialmente pelas atuações transformadoras de Oscar Isaac como Victor Frankenstein e, surpreendentemente, de Jacob Elordi como a Criatura.

Guillermo del Toro, um mestre em encontrar a beleza no monstruoso, considera Frankenstein uma das três obras que definiram sua vida, ao lado de Pinóquio e A Espinha do Diabo. Sua adaptação, portanto, nunca seria um simples filme de terror. As primeiras críticas confirmam isso, descrevendo o longa como um “poema gótico”, uma meditação profunda sobre vida, morte, criação e abandono. Aparentemente, del Toro não se interessou pelo horror da criatura, mas pela tragédia de sua existência e pela arrogância de seu criador.
Jacob Elordi e Oscar Isaac: Atuações que Definem Carreiras
O ponto mais elogiado por unanimidade nas primeiras reações são as performances do elenco principal. Oscar Isaac, um ator de imenso talento, parece entregar uma de suas atuações mais complexas como o Dr. Victor Frankenstein. Ele não é retratado como um cientista louco clichê, mas como um homem brilhante e torturado, consumido pela ambição e, posteriormente, pelo horror e pela culpa de seus atos. A crítica do Collider descreve sua performance como “fascinante”, capturando a descida de Victor à loucura de uma forma que gera tanto desprezo quanto pena.

No entanto, a maior surpresa e o destaque mais comentado é Jacob Elordi como a Criatura. Assumindo o papel que originalmente seria de Andrew Garfield, Elordi, conhecido por papéis em Euphoria e Saltburn, parece ter entregado uma performance física e emocionalmente transformadora. Longe de ser um monstro grunhindo, sua Criatura é descrita como articulada, inteligente e profundamente melancólica, muito mais próxima do ser filosófico do livro de Shelley. A crítica aponta que a performance de Elordi é “de partir o coração”, transmitindo a dor da rejeição e a busca desesperada por conexão. A combinação de sua presença física imponente com uma vulnerabilidade palpável já está gerando burburinhos de uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante.
Uma Obra de Arte Visual Fiel ao Espírito do Livro
Como esperado de Guillermo del Toro, o aspecto visual de Frankenstein é descrito como de tirar o fôlego. O diretor, conhecido por seu design de produção meticuloso e sua paleta de cores expressiva, parece ter criado um mundo gótico que é ao mesmo tempo belo e aterrorizante. A cinematografia é elogiada por sua capacidade de criar quadros que parecem pinturas clássicas, e o design da Criatura, embora mantido em segredo, é citado como único e memorável.

Mais importante, o filme é aclamado por sua fidelidade temática ao romance original. Del Toro abraça a complexidade filosófica da obra de Mary Shelley, focando na questão de quem é o verdadeiro monstro: a criatura abandonada ou o criador que a rejeitou? A narrativa, que se estende por diferentes fases da vida de Victor e da Criatura, promete ser uma jornada épica e emocionalmente desgastante, culminando no confronto final no Ártico. A trilha sonora de Alexandre Desplat, colaborador frequente de del Toro, também é destacada como um elemento crucial para a atmosfera melancólica do filme.
Com um elenco de apoio que inclui Mia Goth, Christoph Waltz e Felix Kammerer, e com a paixão de uma vida inteira de Guillermo del Toro impressa em cada frame, Frankenstein está se moldando para ser muito mais do que apenas mais uma adaptação. As primeiras reações indicam que estamos diante de um evento cinematográfico, uma obra de arte sombria e comovente que tem o potencial de se tornar a versão definitiva da história para uma nova geração e, talvez, render ao seu criador mais uma estatueta dourada. A estreia na Netflix em 2025 não pode chegar logo.
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