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Pacificador 2ª temporada – 3º episódio torna Esquadrão Suicída de 2016 canônico

Pacificador 2ª temporada – 3º episódio torna Esquadrão Suicída de 2016 canônico

O Pacificador 2ª Temporada – 3º Episódio, intitulado “Another Rick Up My Sleeve”, é muito mais do que um simples capítulo de uma série de super-heróis. É uma aula de como James Gunn pretende construir seu novo Universo DC (DCU): um delicado equilíbrio entre honrar o passado, corrigir o que não funcionou e plantar sementes para um futuro ambicioso. A análise do Pacificador 2ª Temporada – 3º Episódio revela um capítulo que funciona em múltiplas camadas, usando o retorno chocante de Rick Flag não apenas como um gatilho emocional para seus personagens, mas como uma ferramenta para redefinir o cânone do universo.

Este episódio é a prova de que “Pacificador” é a peça mais importante do DCU no momento, servindo como uma ponte narrativa entre o antigo DCEU e a nova era que se iniciará com “Superman”. Através de um flashback revelador e uma exploração do multiverso, Gunn nos mostra como pretende lidar com o legado complicado que herdou, ao mesmo tempo em que aprofunda a jornada de redenção de seu protagonista.

O Flashback: Canonizando o Passado com um Olhar para o Futuro

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A cena de abertura do Pacificador 2ª Temporada – 3º Episódio é, talvez, a mais importante para o futuro do DCU até agora. Ao mostrar um relacionamento secreto entre Harcourt e Rick Flag horas antes da missão de “O Esquadrão Suicida” (2021), Gunn faz três coisas geniais. Primeiro, ele dá uma profundidade trágica e inesperada à personagem de Harcourt, explicando sua complexa e dolorosa relação com o Pacificador. O homem que ela amava foi morto pelo homem com quem ela agora tem uma conexão inegável.

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Segundo, ele estabelece o que fica e o que sai do cânone do primeiro “Esquadrão Suicida” (2016). A trama principal, com a Magia e a destruição que ela causou, é confirmada como parte da história do DCU. Isso valida a jornada de personagens como Amanda Waller e o próprio Rick Flag. Terceiro, e mais crucial, ele aplica o que podemos chamar de “retcon cirúrgico”. Ele mantém os eventos, mas troca os atores que não farão parte de seu novo universo. O Batman e o Coringa daquela época não eram as versões de Affleck e Leto. É uma solução elegante que permite a Gunn manter o que funciona sem carregar a bagagem de escalações e arcos que serão descartados.

Terra-2: O Espelho Sombrio da Redenção

A exploração da Terra-2, o universo alternativo onde o Pacificador é um herói amado, serve como um espelho distorcido para a jornada de Christopher Smith. À primeira vista, este mundo parece perfeito: ele é uma celebridade e tem uma chance com a Harcourt desta realidade. No entanto, o Pacificador 2ª Temporada – 3º Episódio sutilmente nos mostra que o “outro Chris” é um reflexo do que o nosso protagonista era antes da primeira temporada: um homem problemático, viciado em pílulas e que trai as pessoas que ama.

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O encontro com a versão da Terra-2 de Rick Flag é o ponto de virada. Ver o homem que ele matou, vivo e bem, desencadeia o estresse pós-traumático de Chris. É um lembrete constante de seu maior pecado. Este universo não é um paraíso; é uma tortura psicológica. Ele representa a vida que Chris poderia ter tido se não tivesse passado por sua jornada de redenção, uma vida de sucesso superficial, mas vazia de verdadeiro crescimento. A ironia é que o nosso Pacificador, com todas as suas falhas e traumas, é uma pessoa melhor do que sua contraparte “perfeita”.

Construindo o Universo: De Superman ao Mestre do Judô

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Pacificador 2ª Temporada – 3º Episódio não estaria completa sem destacar a forma como o episódio tece a teia do DCU. A série é um prelúdio de Superman, e as conexões são evidentes. A menção à banda favorita do Superman, a presença de easter eggs como a cafeteria Jitters (famosa em “The Flash”) e a introdução de novos personagens como o caçador de águias Red Saint mostram um universo vivo e interconectado.

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O retorno do Mestre do Judô, agora trabalhando para a ARGUS, e a menção ao seu nome real dos quadrinhos (Ripley Jagger) são detalhes que agradam aos fãs mais dedicados. A introdução do grupo terrorista “Filhos da Liberdade” também expande o leque de ameaças do DCU. Cada pequeno detalhe parece ter um propósito, construindo um mundo que parece coeso e planejado.

Quem são os Filhos da Liberdade?

Os Filhos da Liberdade são uma organização que luta contra a opressão, defendendo ideais de liberdade e justiça. No Arrowverso, eles surgem como um contraponto significativo às forças do mal que ameaçam a paz. Com membros diversos, essa facção traz à tona questões sociais importantes e luta por uma causa que ressoa com muitos.

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A participação dos Filhos da Liberdade adiciona uma nova camada de profundidade ao Arrowverso. Suas ações e decisões influenciam diretamente a dinâmica entre diversos personagens e suas respectivas histórias. Além disso, suas interações com heróis como o Arqueiro Verde e Flash promovem discussões sobre moralidade e o que significa ser um herói nos dias atuais. Esse tipo de enredo não apenas engaja os fãs, mas também os convida a refletir sobre temas relevantes na sociedade.

O Fim da Paz e o Início da Guerra

O episódio termina com a convergência de todas as tramas. No DCU, a ARGUS, liderada por RickFlag Senior, está pronta para fechar os portais dimensionais, prendendo o Pacificador de um lado ou de outro. Na Terra-2, a desconfiança sobre o comportamento estranho de Chris está crescendo, especialmente por parte de seu irmão super-poderoso, o Capitão Triunfo.

A jornada do Pacificador não é mais apenas sobre redenção pessoal; agora é uma corrida contra o tempo em dois universos. Ele está preso entre um mundo onde é um pária, mas onde encontrou uma família disfuncional, e um mundo onde é um herói, mas que representa tudo o que ele lutou para deixar para trás.

Em suma, o Pacificador 2ª Temporada – 3º Episódio é um microcosmo da visão de James Gunn: irreverente, violento, surpreendentemente emocional e, acima de tudo, inteligentemente construído. Ele usa o multiverso não como um truque, mas como uma ferramenta para explorar o caráter de seu protagonista e para arrumar a casa do universo DC, preparando o terreno para os grandes eventos que estão por vir.

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