Wicked: Parte 2 – Ator Indicado ao Oscar é Revelado como o Leão Covarde em Escalção Surpresa

No universo de Wicked, cada detalhe, cada personagem e cada linha de diálogo é carregado de significado e de uma história não contada. A genialidade da obra de Gregory Maguire, e posteriormente do musical da Broadway, foi pegar o mundo familiar de O Mágico de Oz e virá-lo de cabeça para baixo, mostrando-nos a verdade por trás dos mitos.

Vimos como uma garota incompreendida com pele verde se tornou a “Bruxa Má do Oeste”, como uma jovem popular e ambiciosa se tornou “Glinda, a Boa”, e como um homem comum se tornou o “Mágico” charlatão. Mas e quanto aos outros ícones da estrada de tijolos amarelos? O que dizer do Espantalho sem cérebro, do Homem de Lata sem coração e, talvez o mais intrigante de todos, do Leão Covarde? O musical da Broadway nos deu uma pista devastadora sobre a origem do Leão, um momento que é ao mesmo tempo um soco no estômago e uma peça brilhante de construção de mundo.

Agora, com a aproximação de Wicked: Parte Dois, a adaptação cinematográfica está pronta para dar vida a essa história de fundo trágica, e de uma forma que ninguém esperava.

Em uma revelação que pegou todos de surpresa, foi anunciado que um ator aclamado e indicado ao Oscar foi secretamente escalado para dar voz e, possivelmente, movimento ao Leão Covarde no segundo filme. A notícia não apenas confirma que a origem do personagem será uma parte da narrativa, mas a escolha de um ator de tanto prestígio para um papel que poderia ser visto como menor indica a importância que o diretor Jon M. Chu está dando a cada faceta deste universo.

Não se trata apenas de um easter egg para os fãs do musical; trata-se de aprofundar a tragédia de Elphaba e mostrar o quão longe as ondulações de suas ações e as do Mágico se espalharam. Vamos analisar o que essa escalação surpresa significa, a história por trás do Leão Covarde e por que essa pode ser uma das cenas mais emocionantes e de partir o coração de todo o filme.

A Origem Trágica do Leão Covarde

Para quem conhece apenas O Mágico de Oz, o Leão Covarde é um companheiro de viagem medroso em busca de coragem. Em Wicked, sua história é infinitamente mais sombria e está diretamente ligada a Elphaba.

• O Filhote de Leão: Na história de Wicked, durante seus dias na Universidade de Shiz, Elphaba e seus colegas são levados a uma aula ministrada pelo Dr. Dillamond, um Bode (um animal falante e sapiente) que está sendo cada vez mais marginalizado. Em uma aula substituta, eles são apresentados a um experimento: um filhote de leão, assustado e enjaulado, que é o único Animal (com “A” maiúsculo, significando sapiente) em uma ninhada de leões não sapientes. O novo professor revela que, em Oz, os Animais estão perdendo seus poderes de fala e sua inteligência, um projeto secreto do Mágico para consolidar seu poder e silenciar a oposição.
• O Feitiço de Elphaba: Horrorizada ao ver o filhote em uma jaula e temendo que ele seja usado para experimentos, Elphaba, em um ato de fúria e compaixão, lança um feitiço para libertá-lo. No entanto, seu poder ainda é bruto e incontrolável. O feitiço funciona, mas de uma forma que ela não pretendia. Ela consegue libertar o filhote, que foge para a floresta, mas o trauma da experiência e a natureza caótica do feitiço o deixam permanentemente assustado. Ele nunca mais é visto, mas a implicação é clara: aquele filhote de leão aterrorizado cresceu para se tornar o Leão Covarde que um dia encontraria Dorothy.
• O Peso da Culpa: Este evento é um ponto de virada para Elphaba. É a primeira vez que ela usa sua magia para tentar fazer o bem, mas as consequências são desastrosas. Ela carrega a culpa de ter, inadvertidamente, “criado” o Leão Covarde. A covardia dele não é uma falha de caráter inata; é um resultado direto do trauma que ele sofreu e do feitiço de Elphaba. Quando, mais tarde, ela ouve falar de um leão medroso na Floresta Assombrada, ela sabe que é o filhote que ela tentou salvar, e isso se torna mais um fardo em sua já pesada consciência.

O Que a Escalação de um Ator de Prestígio Revela

A decisão de escalar um ator indicado ao Oscar para este papel, em vez de apenas usar um efeito de CGI com um dublador genérico, é extremamente significativa.

1. Uma Cena Emocionalmente Central: Isso nos diz que a cena da origem do Leão não será um momento passageiro. Provavelmente será uma sequência completa e emocionalmente carregada em Wicked: Parte Dois. A escolha de um ator de alto calibre sugere que o Leão terá falas, expressará medo e dor, e que sua performance (seja por captura de movimento ou apenas voz) será crucial para transmitir a tragédia da situação. Jon M. Chu não está tratando isso como um simples easter egg; ele está tratando como um momento dramático importante.
2. A Voz da Consciência de Elphaba: O Leão Covarde, em Wicked, funciona como um símbolo vivo da culpa de Elphaba. Ele é a prova de que suas boas intenções podem ter consequências terríveis. Ao dar ao Leão uma voz poderosa e reconhecível, o filme personifica essa culpa. Quando o público ouvir a voz de um ator famoso e respeitado vindo daquele filhote assustado, o impacto emocional será muito maior. A cena terá o peso que merece.
3. Potencial para uma Cena de Reencontro: Embora não esteja no musical, o filme tem a liberdade de expandir a história. É possível que, em Wicked: Parte Dois, Elphaba encontre o Leão já adulto? Uma cena onde ela o confronta, pede desculpas e talvez até tenta ajudá-lo a encontrar sua coragem seria incrivelmente poderosa. Ter um ator de prestígio no papel tornaria essa cena um duelo de atuações memorável entre ele e Cynthia Erivo. Seria um momento de fechamento de ciclo para ambos os personagens, antes da chegada de Dorothy.

Quem Poderia Ser o Ator Misterioso?

A especulação sobre a identidade do ator já começou. O termo “indicado ao Oscar” abre um leque de possibilidades fascinantes.

• Atores Conhecidos por Trabalho de Voz: Nomes como Benedict Cumberbatch (Smaug em O Hobbit) ou Andy Serkis (Gollum em O Senhor dos Anéis), ambos mestres da captura de movimento e do trabalho de voz, seriam escolhas óbvias e brilhantes. Eles poderiam trazer uma fisicalidade e uma profundidade vocal incríveis ao personagem.
• Atores Dramáticos de Peso: Pense em atores como Adam Driver, Joaquin Phoenix ou LaKeith Stanfield. A ideia de um desses atores, conhecidos por suas performances intensas e cheias de nuances, emprestando sua voz a um leão traumatizado é intrigante. Eles poderiam trazer uma vulnerabilidade e uma dor palpáveis ao papel, tornando a tragédia do Leão ainda mais pungente.
• Uma Escolha Surpresa: Jon M. Chu pode optar por uma escolha completamente inesperada, alguém que não associamos imediatamente a esse tipo de papel, para criar um impacto ainda maior.

Independentemente de quem seja, a decisão de escalar um nome de peso é uma declaração de intenções. O filme está tratando cada personagem, não importa quão pequeno seu tempo de tela, com o máximo de respeito e seriedade.

O Efeito Cascata: Conectando os Pontos de Oz

A inclusão da história de origem do Leão Covarde é crucial para a tapeçaria de Wicked. Ela serve como um microcosmo da tese principal do filme: nada em Oz é o que parece, e todos têm uma história.

• Humanizando a “Maldade”: Ao mostrar que Elphaba é indiretamente responsável pela covardia do Leão, o filme adiciona outra camada à sua personagem. Sua “maldade” não é inerente; é uma construção, uma reputação forjada por mal-entendidos, propaganda e as consequências trágicas de suas próprias ações bem-intencionadas. Ela não é um monstro; ela é uma figura trágica que tentou fazer a coisa certa em um mundo que não estava pronto para ela.
• Expandindo a Mitologia: A história do Leão também aprofunda a crítica política de Wicked. A supressão dos Animais pelo Mágico é um ato de tirania, e o Leão é uma de suas vítimas mais famosas. Sua história é um lembrete constante do regime opressor que Elphaba está lutando contra.
• Preparando o Terreno para Dorothy: Quando Dorothy finalmente chegar a Oz (um evento que provavelmente ocorrerá no final de Wicked: Parte Dois), o público terá um entendimento completamente novo dos personagens que ela encontrará. O Leão não será apenas um leão medroso; ele será o filhote traumatizado que Elphaba tentou salvar. Essa camada extra de conhecimento tornará a jornada de Dorothy e seus companheiros ainda mais rica e agridoce.

Conclusão: O Rugido Silencioso que Ecoará nos Cinemas

A revelação de que um ator indicado ao Oscar interpretará o Leão Covarde em Wicked: Parte Dois é muito mais do que uma curiosidade de elenco. É a confirmação de que Jon M. Chu está comprometido em contar a história completa e complexa de Wicked, sem cortar os cantos emocionais. É a promessa de que a tragédia do filhote de leão será tratada com a seriedade e o peso que ela merece.

Esta cena tem o potencial de ser um dos momentos mais memoráveis e de partir o coração do filme. Será o momento em que a audiência, especialmente aqueles que não conhecem a história, entenderá a profundidade da culpa de Elphaba e a verdadeira natureza de sua “maldade”.

A jornada de um filhote assustado a um buscador de coragem é um reflexo da própria jornada de Elphaba. Ambos são incompreendidos, ambos são mais do que aparentam, e ambos estão, em última análise, apenas tentando encontrar seu lugar no mundo. Ao dar ao Leão uma voz tão poderosa, o filme garante que sua história, e a de Elphaba, rugirá nos cinemas e em nossos corações.

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